sexta-feira, 8 de junho de 2012

Como prevenir as estrias na gravidez!

Pele bem hidratada ajuda a prevenir estrias durante a gravidez; veja produtos

Principal arma contra as estrias é a prevenção. Uma pele bem hidratada é mais resistente


Durante a gravidez, além de ter preocupações em dobro com a saúde, as futuras mamães ainda têm outra inquietação: o receio do surgimento das estrias. As temidas linhas na pele, que geralmente aparecem na região do abdome, coxas e mamas, costumam surgir quando há ganho repentino de peso, frequente sobretudo na segunda metade da gravidez.  Conforme a gestante aumenta de tamanho, não apenas a superfície da pele estica, mas também ocorrem pequenas rupturas nas camadas mais profundas da pele, por conta das alterações nas fibras de elastina e colágeno. “As mulheres mais afetadas são as mais jovens, com predisposição genética ou aquelas que ganham peso excessivo durante a gestação”, afirma a dermatologista Luciana Macedo de Oliveira, diretora médica da Clinique des Arts.
A principal arma contra as estrias é a prevenção. Para a dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, o controle do peso e uma boa hidratação da pele durante a gravidez são as melhores estratégias. “A pele bem hidratada é mais resistente e menos suscetível a alterações pelo estiramento”, afirma a dermatologista. “O ideal é usar hidratantes potentes e adequados, de preferência com orientação médica. Mas, mesmo com todos os cuidados, não há garantia de que as estrias não se desenvolverão.”
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O que fazer quando elas aparecem
“A falta de cuidado pode agravar todas essas alterações e dificultar a reversão”, afirma a ginecologista e obstetra Denise Gomes, diretora médica da Plena Clínica. “A maioria das mudanças é reversível até certo ponto, mas depende muito da gravidade”. Caso as estrias já tenham começado a dar as caras, o melhor momento para iniciar o tratamento é logo após o final da amamentação. “Após a lactação, o dermatologista poderá indicar alguns tratamentos de acordo com cada caso, como o uso de ácidos, microdermoabrasão, laser, subcisão”, diz Luciana Macedo de Oliveira.
Há diferença entre os tipos de estrias e suas respostas aos tratamentos que tentam amenizá-las. As que possuem tonalidade esbranquiçada -as mais antigas, com quase um ano- podem melhorar, mas é pouco provável que sumam completamente, pois são cicatrizes já estabelecidas. Já as estrias recentes, que apresentam coloração avermelhada, respondem melhor aos tratamentos disponíveis, mas é importante que a paciente procure um dermatologista logo após o parto. “Nelas, ainda há reação inflamatória para tentar compensar a ruptura. É nesse momento que existem melhores respostas aos tratamentos”, afirma a dermatologista Carolina Marçon.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sono profundo pode estar associado ao xixi na cama

Sono profundo pode estar associado ao xixi na cama

É o que pretende mostrar estudo que está sendo realizado pelo Hospital das Clínicas (SP) com crianças de 6 a 17 anos

Por Marcela Bourroul

 Shutterstock
Uma nova pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP está estudando mais um fator que pode ajudar a entender a enurese noturna (o famoso xixi na cama): o sono das crianças. Segundo a pediatra Simone Fagundes, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, existem evidências de que as crianças com mais de 5 anos que perdem o controle da bexiga durante a noite têm um sono muito profundo. “Elas têm dificuldade de acordar. A bexiga enche, mas ela não percebe e continua dormindo”, diz.

O estudo vai envolver crianças e jovens de 6 a 17 anos, que passarão por uma avaliação do sono. Elas também serão atendidas por uma equipe médica multidisciplinar composta por pediatras, neuropediatras, nefropediatra e fisioterapeutas, e receberão o tratamento de acordo com o diagnóstico. Depois que apresentarem melhora, terão seu sono avaliado novamente. Simone acredita que até o final de 2012 já existam resultados da pesquisa.

Segundo os especialistas, fazer xixi na cama até os 5 anos é absolutamente normal, pois nessa idade o organismo ainda está se adaptando. A evolução do problema deve ser observada até os 6 anos, mas, se a enurese persistir, é preciso buscar tratamento.


Entenda a enurese
De acordo com o urologista infantil Amílcar Martins Giron, do Hospital Albert Einstein (SP), existem dois tipos principais de pacientes com enurese, o primário e o secundário. O primário é a criança que ainda não conseguiu controlar seu xixi durante a noite. O secundário é aquele que já desenvolveu o controle, mas voltou a urinar. Esse último geralmente tem fundo emocional, como o nascimento de um irmão, por exemplo.

No caso da enurese primária, são duas as causas principais. Uma é a bexiga pequena, que tem menor capacidade para armazenar o xixi. Quando a criança apresenta essa condição, o tratamento costuma ser feito com um remédio que relaxa (e expande) o órgão. A segunda causa mais comum é a intensa produção de urina, geralmente tratada com hormônio antidiurético. O envolvimento da família nesse processo, apoiando a criança e jamais a punindo pelo xixi, é fundamental para sua melhora.

De acordo com Giron, a grande maioria das crianças com enurese se cura espontaneamente até a adolescência. Porém, é importante tratar os menores para evitar que o problema cause traumas psicológicos durante o desenvolvimento, pois o xixi noturno costuma ter impacto negativo na autoestima. “Algumas crianças ficam mais introspectivas e têm problemas de interação social”, completa Simone.


Dicas para evitar o xixi na cama
- Garanta que a criança tome bastante líquido ao longo do dia, o suficiente para não ter muita sede à noite. A partir do final da tarde, ela deve diminuir o consumo
- Estimule a percepção da criança em relação à bexiga. Durante o dia, deixe ela sentir que está apertada antes de levá-la ao banheiro
- Como é o seu banheiro? A criança precisa ter uma postura adequada para fazer xixi. Se a privada for grande, coloque um redutor de assento e um tablado onde ela possa apoiar os pés
- Observe se o intestino da criança está funcionando bem. Ela deve fazer cocô diariamente. A prisão de ventre também está associada à enurese noturna

Fonte: Simone Fagundes, pediatra e pesquisadora do Instituto da Criança