As vantagens do parto normal
Apesar de ser o preferido entre as grávidas, especialista aponta que cesárea traz mais risco
Segundo
dados do Ministério da Saúde, em 2010, o Brasil registrou uma taxa de
52% de partos cesáreos. Na rede privada, o índice de cesarianas é de
82%, enquanto que na rede pública, a taxa é de 37%. Mas por que essa
preferência da mulher brasileira em realizar um processo cirúrgico e
deixar de lado a opção do parto natural? O obstetra e ginecologista Dr.
José Bento explica as principais diferenças entre o parto normal e a
cesariana:
Cesariana
O
parto cesáreo é uma intervenção cirúrgica e pode trazer riscos para a
mãe. Segundo o médico, essa opção deveria ser escolhida apenas em casos
específicos: “A cesariana foi idealizada para ser feita quando a mãe não
consegue fazer o parto normal. Como é uma intervenção cirúrgica, pode
trazer riscos como hemorragia, infecção e em alguns casos levar à morte.
Ela é indicada quando há uma desproporção entre o tamanho do bebê e da
bacia ou quando há alguma patologia, como hipertensão arterial e
diabetes. Há também os casos em que não há dilatação e o nenê está
sentado”.
Parto normal
Como
é um procedimento natural, este tipo de parto pode trazer menos
complicações para a mãe e melhorar a saúde do bebê. “A recuperação é
mais rápida e traz menos riscos para a mãe. No momento em que o bebê
está saindo, ele sofre uma pressão no tórax e libera uma excreção de
dentro do pulmão, o que faz bem para ele. Durante o trabalho de parto, a
mãe produz um hormônio chamado ocitocina, favorecendo também na
amamentação”, explica Dr. Bento.
Recuperação
Tanto
na cesárea quanto no parto normal, o tempo de recuperação é o mesmo: “A
mãe fica de dois a três dias no hospital. Porém, a mulher que opta pelo
parto normal tem uma recuperação muito melhor e mais rápida”, aponta o
médico.
Parto normal dói muito?
A
maioria das mulheres desiste do parto normal por medo da dor que irá
sentir. De acordo com o obstetra, hoje existem anestesias que controlam
esse problema: “As mulheres acham que vão sofrer muito durante o
trabalho do parto, mas isso já é controlável com anestesia. A partir do
momento em que ela começa a sentir as primeiras dores, a anestesia
começa a fazer o efeito e ela não sente mais nada”.
Dica: Lembre-se de sempre consultar o seu médico e se informar sobre o que seria melhor para o seu corpo.
Consultoria:
Dr. José Bento – Ginecologista e obstetra pós-graduado pela
Universidade de São Paulo (USP) e autor de diversos livros – entre eles
“Engravidar! Sim, é possível”.
Fonte: uol
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